Uma releitura que fiz por causa de um grupo de leitura que participo – em outro momento compartilho mais sobre ele.
Como penso que todo leitor já ouviu falar algo sobre o mundo fantástico de Nárnia, criado pelo C.S.Lewis, e principalmente sobre essa história, que foi a primeira da série a ser publicada em 1950, vou logo ao que interessa 😀

Dessa vez minha leitura ficou totalmente concentrada sobre Edmundo. Só agora percebi que ele é o personagem com quem eu mais me identifico. É muito mais confortável se espelhar em Lúcia, Pedro ou Suzana; a nossa tendência é sempre essa, gostamos de nos identificar com os “mocinhos”. E até na leitura bíblica é assim: gostamos de ser Davi e não Saul, Ana e não Penina, Abel e não Caim, Pedro ou João e não Judas… Mas voltando lá para Nárnia, tenho que dizer: somos todos Edmundos.
Ele é mesquinho, egoísta, egocêntrico, mentiroso etc etc e ainda assim de uma forma bem sutil, ele é apenas um menino comum, um filho de Adão e Eva como todos nós.
Enquanto lia sua trajetória de redenção, eu sentia profundamente dentro de mim como tudo aquilo era injusto. Edmundo deveria ser punido. Deveria sofrer. Deveria ter sobre os seus ombros todo o peso das consequências de suas ações que foram sim!: conscientes o tempo todo. Ele não merecia ser salvo daquela forma, ninguém deveria pagar pelos seus erros, quanto mais com o próprio sangue. Mas alguém fez isso por ele, e Alguém fez isso por mim e por muitos.
“No seu mundo tenho outro nome, você precisa aprender a me reconhecer lá”
+info: Livro “As Crônicas de Nárnia” | História: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-roupas, publicado originalmente em 1950, sob o título “The Lion, The Witch and the Wardrobe” | Edição lida: WMF Martins Fontes, 2009, cerca de 100 páginas
Classificação: 5/5
Compre: Amazon
Nossa! Arrepiei aqui. E pior é que é bem isso, vivemos apontando o dedo e julgando quem está a nossa frente sem nos darmos conta de que estamos parados em frente ao espelho
CurtirCurtido por 1 pessoa
Triste, mas é verdade!
CurtirCurtir