“Então vou lhe dizer o que fazer: quando estamos sofrendo por alguma coisa que não podemos contar a ninguém, conversamos com Deus no céu e pedimos ajuda, pois Ele é capaz de nos aliviar de qualquer sofrimento. Você entende isso, não entende? Reza todas as noites para Deus no céu e agradece tudo de bom que Ele deu e pede pra que Ele a proteja de todo mal?”
Olá a todos! Para dar início ao nosso mês temático das crianças, hoje trago minhas impressões de leitura desse clássico maravilhoso da literatura infanto-juvenil.

Heidi, a menina dos Alpes, foi escrito no final do século XIX, em 1880; pela escritora suíça de expressão alemã Johanna Spyri. Conta a história de uma garotinha órfã, a Heidi, que foi criada até os cinco anos por sua tia Dete.
A narrativa começa no momento em que Dete, por ter recebido uma proposta de trabalho onde não poderia levar a menina, está subindo com a pequena toda agasalhada por uma montanha na Suiça afim de deixá-la aos cuidados do avô paterno, conhecido como o frio e carrancudo Tio dos Alpes.
A menina desde a primeira cena é inquieta e inteligente. Mas é na convivência com o avó, Pedro (o pastorzinho das cabras), Cisne e Ursinha, Clara e os demais personagens que vamos descobrindo a personalidade incrivelmente doce e amável de Heidi. Uma das personagens da literatura tão bem desenvolvida que é inesquecível. Creio não ser só eu, que sentiu uma vontade de ser como aquela menina; o que é no mínimo irônico, já que a pobre Adelaide (seu nome de batismo) não tem nada do que a maioria de nós julga necessário para ser feliz.
“É um pecado não aproveitar dias bonitos como esses na montanha.”
O livro ressalta como a vida pode ser bela e simples. Deixa-nos cheios de vontade de olhar mais o céu, tomar sol, respirar ar puro, desfrutar de toda natureza linda oferecida a nós pelo Criador. Também faz-nos olhar para dentro, pensar qual é a qualidade das nossas amizades, qual diferença realmente estamos fazendo na vida das pessoas e como está o nosso relacionamento com Aquele que faz tudo isso ser possível.
“Veja, Deus é um bom pai para todos nós, Ele sempre sabe o que é bom pra nós quando não sabemos o que fazer. Mas quando pedimos alguma que não é boa pra nós, Ele não nós dá essa coisa, mas outra muito melhor, se continuarmos a rezar para Ele com sinceridade.”
Achei a espiritualidade dentro do livro encantadora. A fé em Deus é apresentada ao leitor (criança ou adulto rs) de uma forma tão singela e simples e prática, que dá vontade de reler agora mesmo.
Outro ponto que merece destaque também, é o assunto da depressão infantil bem retratada na obra. Lendo, a criança poderá se identificar e conversar com alguém sobre isso. De igual forma, a mãe, pai, professores, responsáveis… lendo, poderão ser mais sensíveis aos sinais e ter uma ideia de como agir. Essa parte é mesmo muito interessante.
Como disse, Heidi é um clássico maravilhoso! Um dos livros que gostaria muito de ter lido ainda na infância, mas que não deixou de ser apreciado e importante na minha vida agora.

+INFO HEIDI, A MENINA DO ALPES | Autora: Johanna Spyri (1827-1901) | Título Original: Heidis Lehr: und Wanderjahre, 1880 | Tradução e notas: Karina Jannini | Ilustração: Jessie Willcox Smith | Editora Autêntica, 2016 | Edição em dois volumes: “Tempo de Viajar e Aprender”, 160p. e “Tempo de Usar o que Aprendeu”, 112p. | Compre: Volume I, Volume II
★★★★★
Que bom que você começou bem Kelly, porque eu…
Não conhecia esse livro, vou procurar, parece ser muito bom
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Esse eu li em março desse ano – mas ta valendo hahaha. Tinha rascunhado a resenha, mas não publicado.
Inclusive estou gostando tanto de fazer esse especial que acho que farei todo ano. Ler o gênero espaçadamente durante os meses e publicar as resenhas em outubro.
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