Estamos vivos. E, como a minha avó sempre diz: “a única certeza com que todos nascem é que um dia morrerão.” Agora, será que todos nós sabemos quanta intensidade colocamos em cada passo que damos em direção ao dia da nossa morte? Eu sei que não é confortável falar sobre o assunto, mas é uma realidade. Por isso é que gosto tanto deste livro. Não vejo medo nem desconforto por parte do autor em falar abertamente que, a cada dia que passa, estamos a morrer de tanto viver.
Nathan D. Wilson revela-nos, com excelência, aquilo que somos: narrativas, histórias. Somos palavras andantes que merecem ser ouvidas e gravadas. Somos os responsáveis por aproveitar esta dádiva que nos foi concedida. Aqueles que perpetuam as narrativas que nos antecederam e os que serão perpetuados pelos que virão a partir nós.
É-me tão difícil ter de resumir tudo o que penso sobre este livro sendo que, de mim, arrancou lágrimas, profundos pensamentos e questionamentos. Fez-me querer parar tudo o que estava a fazer e ouvir mais as histórias da minha avó. Porque o tempo não para e nós continuamos a dar passos largos, gastando vida.
Não existe uma ordem, um guião. O que o autor escreve é vida, e não apenas a sua. Ao lermos, estamos perante uma prosa poética e diante de verdades acerca da humanidade e ao que ela se resume. O seu objectivo é fazer-nos despertar para o agora. O momento que temos para criar, escolher, moldar o passado e viver.
+INFO Livro Morrer de tanto viver | Autor: Nathan D. Wilson (1978-) | Editora Monergismo | 181 páginas | Compre: link loja portuguesa