“Como você está?”
“Numa fase de transição”, eu disse.
Tudo está mudando mais rápido do que eu possa planejar. Mais rápido do que eu possa segurar. É estranho como desejamos tanto as mudanças – ninguém gosta de mesmice, não é mesmo? -, Mas quando elas chegam ficamos com medo delas.
No entanto, é preciso mudar. É preciso levantar-se e sair de uma vez. Assinar aquele papel. Comprar. Desfazer-se dessa tralha. Viajar para lá. Deixar ir. Fazer a matrícula. Quitar. Quebrar o vínculo. Abrir as janelas do quarto. Permitir-se. Trocar o número. Enviar a mensagem. Levar-se por outro rumo. Colher os frutos. Regar as flores. Arrancar as raízes. Romper. Começar. Finalizar e iniciar de novo.
Mudanças, mudanças. Precisamos delas. Trememos diante delas. Encaremos o fato: são inevitáveis. Como lidar? Não resistindo. Entregando-se a elas sem nenhum apego ao que era antes. Pois o que era, um dia também foi gerado por algo novo.
“A vida é mesmo um ciclo.”
“Ciclos”, sussurrei.
Entendo hoje, o que resistia antes. Cada ciclo de tempo que se passa, há espaço para o que acho bom e o que acho ruim. A única certeza é que, comece o ciclo bem e termine mal, ou comece mal e termine bem, ele vai passar. A mudança virá.
AVISO: O post de hoje é um resgate de um texto que escrevi em 11 de dezembro de 2018.