Firmes e constantes

Falar sobre a Primavera e o Verão é tão alegre que nos faz esquecer, momentaneamente, que as demais estações chegarão, mais cedo ou mais tarde. E não temos outra opção se não passar por elas. Recebê-las tal e qual recebemos as anteriores. Pois esta é a ordem.

Os dias maus existem, e não precisamos ser «experts» no assunto, basta estarmos vivos para saber. Contudo, se dependesse de nós nos agarraríamos – ou então –, pararíamos o tempo para manter os bons e agradáveis momentos que vivemos nas estações coloridas e quentes. Se tivéssemos tal poder creio que muitos de nós o faríamos, e eu incluo-me nesse grupo. Porém, ao longo deste meu curto caminhar, tenho observado como Deus anseia por filhos maduros. Conscientes e constantes na vida que vivem para Cristo.

Sendo assim, a decisão que tomamos por Cristo não tornou o caminho mais favorável. Mas, continua a ser o perfeito, é caminho de aperfeiçoamento. Assim que o tempo vai passando, o clima altera e consigo altera também a natureza. As cores que antes eram visíveis aos nossos olhos desaparecem assim como os frutos da época. Somos levados a colocar mais roupa pois o que se aproxima será um tanto quanto mais duro de suportar e precisamos estar abrigados. Preparados.

Recordo-me do carvalho. Árvore que não se mede pelo seu tamanho, mas pela profundidade da sua raíz. Ela dá sustento e força para que a árvore permaneça. Quer faça chuva, vento ou sol. Aliás, o que torna esta árvore particular é que, quanto mais fortes os vendavais ou as tempestades, mais firme e forte ela se mantém. As “cicatrizes” dos temporais não afectam as suas raízes nem a sua persistência. Não afecta onde está firmada.

Assim, compreendo porque os apóstolos incentivavam a Igreja a permanecerem firmes em Cristo apesar das perseguições – e, acreditem, elas ainda existem – ou do valor social que lhes poderia ser retirado. Uma vez que decidimos seguir a Cristo, as nossas vontades não devem sobressair e a nossa decisão não deve oscilar. Necessário é que nos preparemos e coloquemos a roupagem certa para que, quando os dias maus vierem – ainda que cheguem de surpresa – não abalem a nossa fé.

Entendo agora, também, porque o salmista pedia por um coração puro e que lhe fosse renovado dentro de si um espírito inabalável. As inúmeras batalhas travadas, por vezes, fazem com que as forças comecem a ficar escassas. Mas, em quem confiamos nós afinal? Não nos resta mais nada a não ser continuar a andar em Cristo, a continuar seguindo a sua voz. E nele aprofundarmos as nossas raízes. Edificar a nossa casa na rocha, onde fortes tempestades não nos farão vacilar. Porque, afinal de contas, a meta é que a nossa fé seja fortalecida na verdade e que possamos ser gratos.

“E agora, assim como aceitaram Cristo Jesus como Senhor, continuem a segui-lo. Aprofundem nele suas raízes e sobre ele edifiquem sua vida. Então sua fé se fortalecerá na verdade que lhes foi ensinada, e vocês transbordarão de gratidão.” (Colossenses 2:6-7)

4 comentários sobre “Firmes e constantes

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